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quinta-feira, 28 março 2024

Ciclorrotas fortalecem o compartilhamento dos modais em Curitiba

Os grandes círculos azuis pintados no pavimento de algumas ruas de Curitiba intrigaram a população nos meses de fevereiro e março 2015. Desvendado o mistério, a Prefeitura revelou que os símbolos representam as ciclorrotas, um novo projeto na área de ciclomobilidade da cidade, realizado em conjunto pela Secretaria Municipal de Trânsito e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

A primeira ciclorrota implantada em Curitiba foi a Portão-PUC, inaugurada pelo prefeito Gustavo Fruet em março. Ela faz a ligação entre o bairro da zona sul da cidade e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), no bairro Prado Velho, e a Avenida Comendador Franco (Avenida das Torres). O trecho tem 6,2 quilômetros de vias compartilhadas por veículos motorizados e bicicletas, com velocidade máxima permitida de 30 quilômetros por hora (km/h).

“Utilizar as vias públicas de forma civilizada é um processo que pode levar gerações e é um grande desafio para as grandes cidades. Nenhum município mudou os hábitos no trânsito da noite para o dia. A ideia que estamos implantando em Curitiba é a do compartilhamento das ruas da cidade, para mostrar que o espaço público não pode ser exclusivo de um único modal”, diz Fruet.

O trajeto da Ciclorrota PUC-Portão, em mão dupla, tem início no cruzamento da Avenida República Argentina com a Rua Morretes, e segue pelas ruas Amazonas, Paranaguá, Pará, São Paulo, Otávio Francisco Dias, Madre Maria dos Anjos e Baltazar Carrasco dos Reis. Desta última, a ciclorrota segue por dois caminhos: conecta-se com a recém-inaugurada ciclofaixa da ruas Imaculada Conceição e Iapó, permitindo o acesso à entrada da PUCPR; e até a ciclovia da Avenida Comendador Franco.

Todo o trecho das ciclorrotas está identificado pelos círculos de 2,5 metros de diâmetro, com fundo azul e uma bicicleta pintada no centro. Nos cruzamentos do percurso, também são pintadas figuras de bicicletas. E em todas as transversais da ciclorrota há placas amarelas com sinalização indicativa de tráfego com bicicletas à frente.

“A ciclorrota é uma das alternativas implantadas pela Prefeitura para oferecer um número cada vez maior de quilômetros de vias cicláveis na cidade. O Plano Cicloviário de Curitiba prevê a implantação das ciclorrotas, além de ciclovias, ciclofaixas, passeios compartilhados e vias calmas. A escolha da implantação depende das características da região”, informa o presidente do Ippuc, Sérgio Pires.

Nossa Sra. da Luz e Vila Verde

O projeto das ciclorrotas teve sequência em junho do ano passado com a implantação de um novo trecho na Vila Nossa Senhora da Luz, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC). A via compartilhada tem 2,3 quilômetros e é formada pelo binário das ruas Davi Xavier da Silva e Orlando Luís Lamarca, entre as ruas Lea Moreira de Souza Moura e Guilherme Fugmann.

A Ciclorrota Nossa Senhora da Luz facilita os deslocamentos de bicicleta a pontos importantes do CIC, como o terminal de transporte coletivo e a área de comércio. Ela faz parte da Microrrede Cicloviária da CIC e que também inclui a Ciclorrota Vila Verde, inaugurada em setembro, e a Ciclorrota Vila Vitória Régia, que deverá ser implantada em 2016.

O trecho de via compartilhada da Vila Verde tem 3,2 quilômetros e é formado pelas ruas José Rechetello, Pedro Lieneker, Alvin Tiboni, Emílio Romani, Jornalista Rubens Ávila e Jornalista Augusto Waldrigues.

“Com as ciclorrotas na Cidade Industrial, a ciclomobilidade em Curitiba avança para os bairros da cidade. Estamos incentivando o uso do modal bicicleta e dando maior segurança para ciclistas e pedestres na região”, afirma a secretária municipal de Trânsito, Luiza Simonelli.

Outros trechos de ciclorrotas estão em fase de projeto no Ippuc e deverão ser implantados em breve na cidade.

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EDIÇÃO IMPRESSA Nº 116 | MARÇO/2024

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