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quinta-feira, 28 março 2024

Juros cobrados dos brasileiros recuam em fevereiro

Dados do Banco Central sinalizam melhora gradual do mercado de crédito, com queda de juros, inadimplência estável e aumento das concessões de empréstimos e financiamentos

Depois de medidas adotada pelo governo para criar condições melhores para a economia, os juros cobrados dos brasileiros caíram 0,6 ponto percentual na comparação entre fevereiro e janeiro. Segundo o Banco Central, quatro modalidades para pessoas físicas ficaram mais baratas no mês.

Entre as operações que apresentaram queda nas taxas em fevereiro, as duas mais pesadas do mercado registraram retração. O cheque especial, no período, recuou 1,3 ponto percentual, para 327% ao ano – a menor taxa desde setembro de 2016.

No rotativo do cartão de crédito, cujas regras mudaram para evitar que os consumidores fiquem comprometidos com uma fatura quase impagável, os juros recuaram 5,2 ponto percentual, para 481,5% ao ano.

Além dessas duas modalidades, houve recuo nas taxas de aquisição de veículos, que passou de 26,2% ao ano para 25,7%; e no crédito consignado, com queda de 0,1 ponto percentual entre janeiro e fevereiro.

Mais liberações de crédito

Essas taxas menores levaram a um aumento das concessões de crédito que, no mês, subiram 9,5%. Os números da instituição mostram, ainda, que no crédito livre, que são operações sem subsídios, as concessões cresceram 8,3% frente a janeiro; no crédito direcionado, que tem taxas determinadas pelo governo, o aumento foi de 24,4%.

Mesmo com esses avanços, a inadimplência se manteve estável. “Isso se deve, boa parte, ao próprio critério de concessão de crédito por parte dos bancos e pelo processo de educação financeira, que tem contribuído para que a inadimplência, diante dessa conjuntura, se mantenha bem comportada”, argumentou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel.

Diante desse cenário, o BC projeta que o crédito, em 2017, deve crescer 2%. Na divisão por tipo de instituição financeira, os bancos públicos devem avançar 2%, enquanto os privados nacionais, 1%. Já as instituições estrangeiras devem registrar um incremento de 2%.

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EDIÇÃO IMPRESSA Nº 116 | MARÇO/2024

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