19.2 C
Curitiba
quinta-feira, 28 março 2024

Manutenção da cidade ganha força com a volta de 42 equipes ao trabalho

Atendendo determinação do prefeito Rafael Greca para recuperar a manutenção da cidade no menor tempo possível, 42 equipes coordenadas pela Secretaria de Governo Municipal voltam às ruas nesta semana.

Elas se somam a outras 54 vinculadas à Secretaria Municipal do Meio Ambiente que desde a semana retrasada retomaram este tipo de serviço. O ano começou sem equipes de manutenção contratadas.

O trabalho inclui operações tapa-buraco, limpeza da malha urbana, do sistema de drenagem das águas da chuva, roçada e limpeza de parques, praças e rios do município.

Além desses serviços já em operação, Greca pretende implementar o Tudo Limpo, com mutirões complementares e novas ações integradas das secretarias para limpeza nos bairros.

Trabalho

O tapa-buraco voltou esta semana às ruas mais críticas de diversos bairros, como Pilarzinho, Fazendinha, CIC, Uberaba e Cajuru. Roçadas e limpeza de galerias se concentram nestes dias principalmente na CIC, Parolin e Boqueirão. Já a retirada de entulhos vegetais é feita no Bairro Alto, Boqueirão, CIC, Novo Mundo e Hugo Lange. Os serviços prosseguirão, na sequência, para os bairros das demais regionais.

O cronograma é estabelecido para melhorar a produtividade das equipes por regiões e segue uma escala de pontos prioritários em mau estado, como vias mais movimentadas, próximas a escolas, com pontos de ônibus e postos de saúde.

A Secretaria de Governo trabalha para que nos próximos seis meses o plano emergencial de manutenção recupere boa parte da demanda reprimida da cidade, com contratação, no menor tempo possível, de 90 equipes sob sua área de abrangência.

Desta forma, destaca o secretário Luiz Fernando Jamur, será possível amenizar a situação nos pontos mais críticos da cidade.

Segundo Jamur, a manutenção adequada e periódica exige o trabalho de 140 equipes de manutenção da Secretaria do Governo –  número que será implementado na medida em que a situação das finanças municipais for equacionada pela atual gestão.

Abaixo da linha

De 2013 ao final de 2016, de acordo com Jamur,  a Prefeitura trabalhou com número bem abaixo do que é considerado adequado para manter a cidade em dia.

Nesse período, durante 29 meses o número de equipes ficou abaixo de 100 e em 19 meses o número foi maior que 100 (variando de 102 a 118 em um único mês). Houve meses em que apenas 24 (abril de 2013) ou 31 equipes (novembro de 2016) trabalharam.

A partir de setembro de 2016 o serviço foi sendo reduzido de forma abrupta. Naquele mês, eram 114 equipes de manutenção na cidade, número que chegou a zero no final de dezembro.

Engenheiros da superintendência Manutenção Urbana destacam que a redução de equipes gera acúmulo de serviços, sendo necessário cada vez mais tempo e esforço para resolver os problemas da demanda represada.

Curitiba tem, por exemplo, 1.600 quilômetros de antipó instalados há mais de 30 anos. Essas vias exigem muita manutenção, especialmente em períodos de chuva. Sem manutenção, as condições de tráfego caem substancialmente.

Bocas de lobo e caixas de captação de água da chuva, por sua vez, se não forem limpas com regularidade acumulam lixo, folhas e galhos que represam água, contribuindo para ocorrência de alagamentos.

Segundo os engenheiros da secretaria, há relação direta entre número de equipes reduzido, más condições das vias e aumento de reclamações por parte população.

Divisão do trabalho

A responsabilidade pela manutenção da cidade é dividida pelas secretarias municipais de Governo e do Meio Ambiente, sendo a primeira responsável pelas vias públicas e a segunda pelos parques, praças e fundos de vale – além da coleta de entulhos vegetais em toda cidade.

Das equipes que voltaram às ruas, 42 são da superintendência de Manutenção Urbana da Secretaria de Governo, 15 são do Departamento de Parques e Praças e 39 do departamento de Limpeza Pública da Secretaria do Meio Ambiente.

Relacionados

EDIÇÃO IMPRESSA Nº 116 | MARÇO/2024

spot_img

ÚLTIMAS NOTÍCIAS