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quinta-feira, 28 março 2024

Saúde orienta sobre como diferenciar gripe e resfriado

A identificação correta dos sintomas de gripe pode ser determinante para a eficácia do tratamento da Influenza H1N1, H3N2 ou B. A Secretaria de Estado da Saúde orienta sobre como diferenciar os sinais de gripe e de resfriado.

Os sintomas da gripe são febre alta, acima de 38ºC, e com início repentino, além de tosse persistente, dores musculares intensas e, principalmente, a dificuldade para respirar. No resfriado, os pacientes apresentam febre baixa (quando ocorre), tosse leve, dores musculares fracas, congestão nasal e dor de garganta.

“O resfriado não costuma trazer tantos riscos como a gripe. Os sintomas da gripe são mais intensos e, na maioria das vezes, inviabiliza a realização de atividades diárias”, explica a chefe do Centro de Epidemiologia da Secretaria da Saúde, Júlia Cordellini.

MAIS ATENÇÃO – De acordo com a médica, os pacientes com resfriado têm coriza, tosse e espirros, mas não costumam ter a disposição prejudicada. Júlia também ressalta que a gripe demanda mais atenção, pois pode evoluir rapidamente para pneumonia e infecções pulmonares, em especial em grupos mais vulneráveis.

“A maior ocorrência de mortes por gripe foi constatada em idosos, acima de 60 anos, e pessoas com doenças crônicas, como alguma cardiopatia ou diabetes”, conta. Ela alerta para que a população que faz parte desses grupos tenha cuidado redobrado na presença dos sintomas da gripe e busque uma Unidade de Saúde o mais breve possível.

TRATAMENTO – O protocolo elaborado pela Secretaria estadual da Saúde e pelo Ministério da Saúde para o atendimento de casos de Influenza recomenda a prescrição do antiviral Oseltamivir já no início dos sintomas da gripe. O medicamento é disponibilizado gratuitamente para toda a população pelo Sistema Único de Saúde.

“Nossa orientação é que ele seja receitado a todos os casos suspeitos da doença, mesmo sem a confirmação laboratorial. O medicamento é mais eficaz nas primeiras 48 horas do quadro gripal, principalmente quando o paciente apresenta dificuldade para respirar”, ressalta Julia.

PREVENÇÃO – Para evitar a gripe, é recomendado lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar e ao chegar da rua. Outra orientação é cobrir a boca e o nariz com um lenço descartável quando for tossir ou espirrar.

As superfícies e objetos que entram em contato frequente com as mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos, devem ser limpos com álcool. Objetos de uso pessoal, como copos e talheres, e alimentos não devem ser compartilhados. Também é necessário evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas.

VACINA – Outra forma de prevenir a doença é a vacinação. O Paraná já vacinou 94% do grupo de risco, com 2,8 milhões de doses aplicadas. Mas de acordo com o coordenador estadual de Imunização, João Luís Crivellaro, ainda existe uma preocupação com as gestantes.

“Esse é o único grupo de risco em que ainda não atingimos a meta. Apenas 74% das gestantes paranaenses foram imunizadas”, diz Crivellaro. As gestantes que ainda não foram imunizadas podem procurar uma Unidade de Saúde com vacinas disponíveis e solicitar sua dose.

Paraná confirma 602 casos de gripe, com 74 mortes

A Secretaria da Saúde organiza semanalmente um boletim que compila dados sobre a situação da gripe no Paraná. O informe atualizado estará disponível todas as quartas-feiras no site www.saude.pr.gov.br.

O boletim divulgado nesta quarta-feira (8) mostra que desde o início do ano foram registrados 602 casos de gripe no Estado, sendo 93,7% de H1N1 (564 casos).

A partir de agora, os números divulgados serão referentes a casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), caracterizadas por quadros da doença que demandaram a internação do paciente. Isso vai mostrar com mais clareza o número de casos de agravamento da gripe.

Até esta semana foram confirmadas 74 mortes por gripe no Paraná, registradas em 18 Regionais de Saúde. Do total de óbitos, 94,6% são decorrentes da Influenza A (H1N1). “Atualmente, o H1N1 é o vírus que apresenta maior circulação no Estado. Já temos casos confirmados nas 22 Regionais de Saúde”, informa Julia Cordellini.

A maior concentração de casos notificados está na regional Metropolitana de Curitiba com 29,9%, seguida da regional Maringá, com 23,4% das notificações. A metropolitana de Curitiba é também a que apresenta o maior número de óbitos por gripe, com 18 mortes casos na capital e região.

CIDADES – Foram confirmados óbitos nos municípios de Antonina (1), Guaratuba (1), Paranaguá (2), Colombo (1), Curitiba (13), Quitandinha (1), São José dos Pinhais (2), Tijucas do Sul (1), Ponta Grossa (4), São João do Triunfo (1), Fernandes Pinheiro (1), Rebouças (1), Rio Azul (1), Pitanga (1), Chopinzinho (1), Dois Vizinhos (1), Francisco Beltrão (1), Marmeleiro (3), Foz do Iguaçu (7), Cascavel (1), Espigão Alto do Iguaçu (1), Nova Aurora (1), Campo Mourão (2), Perobal (1), Umuarama (1), Colorado (1), Floresta (1), Mandaguari (1), Maringá (4), Apucarana (3), Arapongas (1), Londrina (5), Andirá (1), Cornélio Procópio (1), Uraí (1), Santo Antônio da Platina (2), Toledo (1) e Nova Tebas (1).

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EDIÇÃO IMPRESSA Nº 116 | MARÇO/2024

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