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sexta-feira, 29 março 2024

Campanha de vacinação contra a gripe inclui professores

A vacinação contra a gripe (influenza) na rede pública de saúde começa na próxima segunda-feira (17), em todo o Brasil, com um novo grupo para imunização. Professores de todos os níveis foram incluídos na campanha deste ano.

Em Curitiba, a Secretaria Municipal da Saúde oferecerá a vacina em todos os postos de saúde, nos horários normais de atendimento, para os grupos com recomendação apontados pelo Ministério da Saúde.

A meta na capital é vacinar 180 mil pessoas com 60 anos ou mais, 91 mil crianças de 6 meses a 5 anos (incompletos), 16.800 gestantes e 2.800 puérperas, além de 46.500 trabalhadores da saúde.

A vacinação vai até 26 de maio. No dia 13 de maio, um sábado, será feita a mobilização nacional. “A vacina desta campanha é trivalente, com componentes dos vírus H1N1, H3N2 e B”, esclarece Caroline Maria Krebsbach, diretora do Departamento de Epidemiologia.

As doses estarão disponíveis nos postos de saúde para pessoas mais suscetíveis a desenvolver complicações devido ao vírus. A vacina estará disponível para os seguintes grupos:

Crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos 11 meses e 29 dias);

Gestantes;

Puérperas (até 45 dias após o parto);

Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;

População privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional;

Trabalhadores da saúde;

Povos indígenas;

Idosos com 60 anos ou mais;

Pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis e outras condições clínicas especiais;

Professores das escolas públicas e privadas.

Documentos

Alguns grupos devem comprovar, com documentos, que estão dentro da faixa a ser vacinada.

Os professores ativos deverão procurar os postos de saúde, munidos de documento de identificação com foto e declaração da instituição de ensino onde trabalha.

Todos os trabalhadores da saúde dos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis de complexidade, podem tomar a vacina. Os trabalhadores incluídos devem ir ao posto de saúde, munidos de documento que comprovem a atividade profissional.

Pessoas com 60 anos ou mais devem apresentar documento de identidade, e crianças de 6 meses até menos de 5 anos, documento de identidade, certidão de nascimento ou carteira de vacinas.

As gestantes devem apenas informar que estão grávidas, e as mães, até 45 dias depois do parto, devem mostrar qualquer documento que indique o dia do nascimento do bebê, como declaração do hospital, certidão de nascimento ou carteira de saúde da criança.

Portadores de doenças crônicas não transmissíveis ou em condições clínicas que exijam a imunização devem estar atentos, conforme lista do Ministério da Saúde. Os pacientes já cadastrados em postos de saúde devem ir onde estão seus cadastros. Já os atendidos em outros serviços da rede pública ou pela rede privada precisam da prescrição médica, com categoria de risco clínico.

Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas devem receber uma dose de vacina. Também a população carcerária deverá receber a imunização, dependendo de acordo com a Secretaria Estadual da Segurança Pública.

Cobertura

No ano passado, a meta de vacinar 80% das pessoas indicadas foi superada para todos os grupos no período da campanha e prorrogação, alcançando cobertura maior de 100% para idosos, 84% para gestantes e 95% na primeira dose para crianças.

A vacina não previne a doença em 100% das pessoas vacinadas, mas reduz risco de complicações resultantes da gripe, como pneumonia e mortes. Também é contraindicada para quem tem alergia grave a ovo de galinha e derivados.

Quem recebeu a vacina contra dengue deve observar intervalo de 30 dias para se vacinar contra a gripe ou qualquer outra doença. Em doenças febris agudas, moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a melhora.

Caso tenha surgido Síndrome de Guillain-Barré (SGB) até seis semanas após uma dose anterior, recomenda-se avaliação médica criteriosa sobre o benefício e risco da vacina.

Doadores de sangue, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devem esperar 48 horas depois de tomar a vacina para doar sangue.

Precauções

A vacina contra gripe é segura e não causa a doença. Em 10% a 64% dos pacientes podem ocorrer dor e sensibilidade no local da aplicação, geralmente resolvidas em dois dias.

Manifestações gerais leves como febre, mal-estar e mialgia podem começar entre 6 e 12 horas depois da vacinação e persistir por um a dois dias.

Gripe e resfriado

A gripe é uma doença muito contagiosa causada pelo vírus influenza. Geralmente provoca febre alta, mal-estar geral, dores musculares, dor de garganta e tosse, e pode evoluir para doenças mais graves como pneumonia.

Já o resfriado é causado por outros tipos de vírus e os sintomas são mais leves, como irritação na garganta, coriza (nariz escorrendo) e febre baixa.

A vacina disponível só protege contra a gripe e não contra o resfriado ou outras doenças infecciosas respiratórias. Ao surgirem sintomas como febre superior a 38°C, com tosse e dor de garganta, as pessoas não devem tomar remédios por conta própria, para não dificultar o diagnóstico.

“O paciente deve procurar serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados. Se houver indicação, a medicação antiviral específica estará disponível nos postos de saúde Postos de Saúde e nas Unidades 24h horas”, disse Juliane Oliveira, superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde.

 

Para prevenir a gripe:

Mantenha ambientes ventilados

Evite locais com aglomeração de pessoas, se estiver doente

Evite contato direto com pessoas doentes

Não compartilhe alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.

Lave as mãos frequentemente com sabão e água, depois de tossir ou espirrar, após ir ao banheiro, antes das refeições, ao chegar em casa e no trabalho.

Ao tossir ou espirrar, cubra o nariz e a boca com lenço, preferencialmente descartável.

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EDIÇÃO IMPRESSA Nº 116 | MARÇO/2024

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