Os primeiros guardiões naturais das fronteiras sempre foram os indígenas. Depois vieram os soldados profissionais, armados, equipados e devidamente treinados para fazer face à defesa da imensa fronteira.
“O país tem quase 17 mil quilômetros de fronteiras e seu monitoramento é feito, sobretudo, pelo Exército, especialmente no Norte do país, área que engloba a densa floresta tropical.”
O maior trabalho na vigilância, contudo, deveria ocorrer na Amazônia Ocidental e Oriental, zonas essas menos guarnecidas pelas forças de segurança brasileiras. O Exército Brasileiro ajuda diuturnamente no combate aos crimes em território nacional e transfronteiriços.
Os soldados da região possuem baixa estatura, a maioria oriunda de diferentes etnias indígenas, e acostumados com o ambiente hostil de selva, profundos conhecedores da região.
A tropa da Amazônia possui guias experientes, que conduzem diligentemente a tropa aos locais previamente estabelecidos no planejamento.
Costuma-se dizer que quem tem frescura não sobrevive lá. O cardápio que ela oferece é rico e variado, muito diferente de outras regiões. As qualidades mais desejáveis são a resiliência, a persistência, a resistência, a astúcia para dissimular e a coragem para resistir e vencer.
Os guerreiros de selva procuram o seu conforto relativo em abrigos como o Rabo de Jacu, Rabo de Mutum, Tapiri, Rede, e se confundem com o próprio meio ambiente.
A permanência da tropa é dividida em vida, combate e trabalho. A vida pressupõe cuidados com a saúde, educação, lazer e alimentação. O combate, com a vigilância, guarda, reconhecimento de fronteira e adestramento. Já o trabalho, com a agropecuária, tecnologia, serviços e construção.
Para o pessoal vindo de outras regiões, a palavra-chave é adaptação. Vindos de outros lugares, as pessoas têm que se adaptar ao clima quente e úmido, às chuvas quase frequentes, aos piuns e carapanãs que não dão trégua. Diz-se que a selva nos une porque precisamos uns dos outros. […].
“Senhor! Tu que ordenaste ao Guerreiro de Selva: Sobrepujai todos os vossos oponentes, dai-nos hoje da floresta: A sobriedade para resistir; A paciência para emboscar; A perseverança para sobreviver; A astúcia para dissimular; A fé para resistir e vencer…” (Extraído da Oração do Guerreiro de Selva. Exército Brasileiro).
Como dissuasão: Os guerreiros de selva brasileiros são considerados os melhores do mundo.
Reflexão: “Árdua é a missão de desenvolver e defender a Amazônia. Muito mais difícil, porém, foi a de nossos antepassados de conquistá–la e mantê–la.” (Gen. Ex. Rodrigo Otávio).