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quinta-feira, 28 março 2024

Open Loterias Caixa tem 27 brasileiros classificados em Mundiais Paralímpicos

Atletas do País quebraram recordes mundiais e conquistaram índices para os Mundiais no Open Internacional Loterias Caixa de Atletismo e Natação, que terminou neste domingo (23). O campeonato ocorreu no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, maior legado dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, e reuniu 316 atletas, de oito países, durante os três dias de competição.

Ao todo, 27 atletas brasileiros (14 do atletismo e 13 da natação) conquistaram índices para os dois Mundiais – o de Atletismo, que será disputado em julho, em Londres, e o de Natação, em outubro, na Cidade do México.

Dois representantes do atletismo se destacaram, já que estabeleceram novos recordes mundiais. No sábado (22), o paulista Alessandro Rodrigo quebrou o recorde mundial do lançamento de disco F11 (para cegos totais). O atual campeão paralímpico da prova registrou o lançamento de 44,66m e derrubou uma marca que perdurava desde 1998, do espanhol Alfonso Lopes-Fidalgo (44,44m). Alessandro ficou cego após a manifestação de uma toxoplasmose, em 2009.

Além dele, o também paulista Thiago Paulino bateu, na sexta-feira (21), o recorde mundial do lançamento de disco, classe F57. O paulista foi a estrela da abertura do Open Internacional ao registrar a marca de 48,04m – melhor do que o antigo recorde, que pertencia a ele próprio, de 47,68m.

Balanço

O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, comemorou o sucesso do evento em São Paulo. “O balanço que fazemos do Open Internacional é muito positivo, já que os atletas têm até junho [atletismo] e agosto [natação] para fazerem os índices e mais da metade conseguiu a classificação neste evento, ainda em abril. Isso mostra a importância do Open realizado no Brasil. Nossa estratégia de subir o nível dos índices agora demonstra estar correta”, declarou.

No atletismo, os índices classificatórios tiveram como base as melhores performances de 2016 – ano dos Jogos do Rio. Mesmo assim, 14 atletas obtiveram a marca A e asseguraram presença no Mundial de Londres, que ocorrerá entre os dias 14 e 23 de julho.

Nas piscinas

Na natação, a quantidade de índices alcançados no Open surpreendeu a comissão técnica. As 13 marcas deixaram o técnico-chefe da Seleção, Leonardo Tomasello, animado para a formação do grupo para o Mundial. “Foi surpreendente por ser a primeira competição que vale índice e estamos em abril ainda. Muitos deles ainda estão fazendo programas para as nacionais e já saiu esse número grande de índices e com os tempos muito bons. Então foi bem animador”, avaliou Tomasello.

Os nadadores ainda terão duas etapas nacionais (em junho e em agosto), além das competições internacionais chanceladas pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) que os atletas participarem. E com o prazo mais tranquilo que o do atletismo, Tomasello acredita que muita gente ainda pode aparecer na lista de nadadores com índice.

“Temos a referência de 17 atletas que já fizeram tempo abaixo dos índices e que só precisam confirmar neste ano. Destes, 10 já fizeram e os outros três nadaram abaixo pela primeira vez. Então, acho que podemos levar de 20 a 22 atletas com índice para o Mundial”, explicou o técnico-chefe.

As etapas nacionais do Circuito Loterias Caixa devem definir a lista de convocados das duas modalidades para os Mundiais. No atletismo, os competidores terão até a primeira fase da competição, de 2 a 4 de junho, em São Paulo, para confirmar as marcas estabelecidas pelo CPB. Já os nadadores ainda terão a segunda fase, de 3 a 5 de agosto, para obter o índice mínimo.

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EDIÇÃO IMPRESSA Nº 116 | MARÇO/2024

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