O governo bem que tentou, mas não conseguiu manter o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) nas mãos do ministro Sergio Moro. Diante da péssima articulação parlamentar, a aposta na pressão popular com a exigência do voto nominal, fracassou. A derrota, porém, foi por pouco: 228 a 210. Diferença de apenas 18 votos.
Para alguns, a margem pequena abre espaço para avaliações de que a pressão popular pode, sim, dar resultados. Por isso, a meta agora é dobrar a aposta. Todas as fichas serão jogadas nas manifestações do dia 26.
Isso ficou claro no discurso que antecedeu a derrota governista, feito pelo deputado Filipe Barros (PSL-PR).
“Todo poder emana do povo e em favor dele será exercido. Mas na nossa realidade brasileira, nós estamos vendo que todo poder emana do povo e contra ele será exercido”, disse.
Ao lado de ao menos outros 10 parlamentares, ele concluiu que essa “lógica está mudando porque a população está nas ruas.”