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sexta-feira, 29 março 2024

Polícia do Paraná prende suspeita de furtar R$ 13 milhões em joias

Policiais da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) de Curitiba, da Polícia Civil do Paraná, prenderam uma mulher suspeita de integrar uma quadrilha especializada em furtos qualificados de apartamentos de luxo, que atua em diversos estados do Brasil. A mulher, de 46 anos, era procurada pelas polícias de diversos estados e responde a nada menos que 40 processos. A prisão aconteceu terça-feira (8), em São Paulo.

A suspeita é que esta organização criminosa tenha furtado nada menos que R$ 13 milhões em joias. O último furto aconteceu no dia 5 deste mês em Itumbiara, Goiás, quando foram levadas joias avaliadas em R$ 1 milhão.

A suspeita tinha sempre o mesmo modus operandi, e acompanhada de uma outra mulher, de 42 anos. As duas invadiam prédios de luxo para furtar as peças. O foco são sempre as joias. Elas passavam desapercebidas pela portaria e, de forma aleatória, escolhiam os apartamentos que iriam fazer o furto – sempre quando os moradores não estavam em casa. Para isso, usavam uma chave micha e ingressavam no imóvel. Depois, saiam tranquilamente dos edifícios com as joias na bolsa.

INVESTIGAÇÃO – Na casa da suspeita, os policiais encontraram relógios e algumas joias. As peças mais valiosas, no entanto, já não estavam lá. “A partir da investigação identificamos o endereço dos membros desta quadrilha. Mandamos equipes para São Paulo que confirmaram a residência deles. Quando a mulher chegou com familiares foi abordada e disse que já imaginava porque estava sendo presa”, explicou o delegado operacional da DFR, André Feltes. “Ela afirmou aos policiais, no momento da prisão, que após os furtos as joias eram entregues imediatamente para uma terceira pessoa, que não nominou, e que vendia e se desfazia rapidamente dos objetos furtados”, completou. A Polícia Civil do Paraná agora foca a investigação para identificar este receptador.

A companheira de furto e o ex-marido da mulher presa estão foragidos. O trio tem uma vasta ficha criminal, já foram presos e condenados pela Justiça de Santa Catarina. Eles possuem passagens pela polícia por furto qualificado, estelionato, falsificação de documento público, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo.

Eles deixaram o sistema penal e retornaram às ruas para continuar cometendo os mesmos crimes: furtos em apartamentos de luxo. A Polícia Civil do Paraná relacionou pelo menos 12 casos envolvendo esta quadrilha. Eles atuavam desde 2009 e de lá para cá furtaram lojas em apartamentos de São Paulo, Pernambuco, Alagoas, Goiás e Paraná.

DETALHES – O delegado Matheus Laiola, titular da Furtos e Roubos de Curitiba, detalha como a quadrilha agia. “As duas entravam no prédio, uma ficava no andar verificando o elevador e outra entrava no imóvel. Elas têm uma habilidade incrível para abrir fechaduras”, explicou o delegado. Outra pessoa ficava fora do prédio, num carro, observando as janelas abertas e orientando as mulheres. Era ele quem dava fuga para a quadrilha”.

No Paraná, as mulheres agiram em Curitiba, nos bairros Água Verde, Cabral e Cristo Rei, e nas cidades de Cambé e Londrina. No dia 30 de julho deste ano, as duas mulheres entraram num edifício no bairro Cristo Rei. A vítima, que não estava em casa, só deu falta das joias dois dias depois. Ela procurou a Delegacia de Furtos e Roubos e notificou o crime. As equipes da DFR iniciaram a investigação e, com as imagens das câmeras de segurança do prédio, conseguiram identificar as duas mulheres. A mesma dupla foi flagrada pelas câmeras de outros edifícios, no Cabral e no Água Verde.

“Verificamos que elas vinham agindo em ações sucessivas. Durante a investigação, identificamos o veículo que dava suporte a quadrilha e verificou-se que era um carro com placa clonada. A partir daí a Polícia Civil do Paraná começou a desvendar o crime e identificar a quadrilha”, disse o secretário da Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita. A suspeita será transferida nos próximos dias para São Paulo, onde ficará presa e responderá pelos crimes de associação criminosa e furto qualificado.

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EDIÇÃO IMPRESSA Nº 116 | MARÇO/2024

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