Neste ano, o Brasil registrou o maior superávit comercial da história, US$ 62 bilhões. De janeiro a novembro, as exportações chegaram a US$ 200,154 bilhões, número 18,2% maior que em 2016 pela média diária; e as importações foram de US$ 138,146 bilhões, 9,6% a mais que no mesmo período do ano passado, quando foi registrado o último recorde da balança comercial (US$ 43,3 bi).
Os dados foram publicados nesta sexta-feira (1º) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Soma de todas as transações, a corrente de comércio atingiu US$ 338,301 bilhões, crescimento de 14,6% em relação aos mesmos meses de 2016 pela média diária (US$ 295,321 bilhões). “As exportações e importações brasileiras de janeiro a novembro registraram crescimento de quase todos os produtos, e muitos tiveram aumento em quantidade e preço”, explicou o secretário de Comércio Exterior da pasta, Abrão Neto. O preço das vendas externas aumentou 10,7% e as quantidades, 6,9%, enquanto nas importações, valores subiram 3,7% e as quantidades, 5,8%.
Em novembro, a corrente de comércio foi de US$ 29,830 bilhões, resultado 7,8% melhor que em relação ao mesmo mês do ano passado. O saldo foi superavitário em US$ 3,546 bilhões: vendas externas atingiram, em novembro, um total de US$ 16,688 bilhões, cifra 2,9% maior que a do mesmo mês de 2016. Já as importações foram de US$ 13,142 bilhões no mês, 14,7% a mais que novembro de 2016.
O resultado do mês foi puxado pela escalada da importação de bens de capital (10,8%), em especial máquinas e equipamentos de agricultura e terraplanagem. “É o quarto mês consecutivo de crescimento de importações de bens de capital, o que não ocorria desde março de 2013, o que demonstra a retomada de investimentos produtivos no País”, disse Abrão Neto.
Nos primeiros onze meses deste ano, aumentaram as exportações para a Ásia (26,9%), Mercosul (18,6%), Estados Unidos (17,3%), Oriente Médio (16%), América Central e Caribe (+14,4%), Oceania (4,6%), e União Europeia (4,1%). Já os países em que a importação foi mais intensa foram a China (US$ 46,4 bilhões); Estados Unidos (US$ 24,5 bilhões); Argentina (US$ 16,0 bilhões); Países Baixos (US$ 8,6 bilhões) e Japão (US$ 4,8 bilhões).
Todas as três categorias de produtos avaliadas na balança comercial – básicos, semimanufaturados e manufaturados – obtiveram resultados positivos no acumulado deste ano, na comparação com o ano passado. Entre os básicos, que cresceram 28%, subiu a receita de petróleo em bruto, minério de ferro, minério de cobre, soja em grão, carne bovina, milho em grão, carne de frango, carne suína e algodão em bruto.
Dos manufaturados, que registraram aumento de 13,8%, destacaram-se derivados de ferro e aço, ferro fundido, madeira serrada, ferro-ligas, óleo de soja em bruto, açúcar em bruto e celulose. Por último, os manufaturados, cujas vendas aumentaram 9% no período, tiveram proeminência de óleos combustíveis, máquinas para terraplanagem, tratores, automóveis de passageiros, veículos de carga, laminados planos, óxidos e hidróxidos de alumínio, chassis com motor, açúcar refinado, autopeças, calçados, pneumáticos, motores para veículos e partes.