Reunidos na cobertura do Engenho da Inovação, no bairro Rebouças, estudantes e empreendedores acompanharam as cinco palestras promovidas pelo Founder Institute em parceria com a Agência Curitiba de Desenvolvimento da Prefeitura de Curitiba, na noite de sexta-feira (17).
O evento previsto para 70 pessoas ultrapassou a marca dos 400 inscritos. Devido à limitação do espaço foi acompanhado a distância por alguns participantes.
Nima Kazeroomi, diretor do Founder Institute Brasil abriu o encontro explicando sobre o trabalho do instituto, que é a maior incubadora de empresas no mundo e quer ser o mesmo em Curitiba. “Estamos aqui para trazer a experiência do Vale do Silício, como transformar ideias em negócio, em um ecossistema de inovação. O empreendedor tem que ter coragem, vontade, persistência”, disse Kazeroomi.
O diretor técnico da Agência Curitiba de Desenvolvimento, Tiago Francisco da Silva, falou sobre o novo espaço de inovação da cidade. “Este é o primeiro evento no futuro Engenho da Inovação, este antigo moinho será ocupado por cultura, arte, inovação, ideias e empreendedorismo. E como também somos uma startup, já começamos ocupando, realizando, fazendo acontecer, sem esperar muito.”
Exemplo na área de educação a distância, a CEO do portal de educação Já Entendi, Gladys Marioto, ressaltou de forma didática a função principal de uma startup. “Ela tem que pensar que vai resolver um problema local, mas que pode ser estendida para outros locais com os mesmos recursos, com uma mesma ideia.”
Francisco Millarch, fundador e CEO da Rentcars.com, locadora de veículos, falou da paixão envolvida no trabalho de uma startup. “O empreendedor precisa fazer, não ter medo de quebrar, falir, faltar. É preciso saber muito do assunto que está trabalhando, conhecer todo o processo e saber fazer ele todo se for preciso.”
Questionado por um participante sobre os riscos de montar uma startup, Millarch ressaltou: “Existe um risco bem sério, que é o de ficar rico com uma boa idéia. Façam, persistam.”
Leonardo Tostes, gerente da Hotmilk, aceleradora de projetos da PUC Paraná, falou do caminho que uma startup tem que seguir até se consolidar a ponto de ser expandida ou negociada: “Nós recebemos muitas ofertas de startups que querem ser vendidas, idéias iniciais que já querem ser ofertadas. Não é bem assim. É preciso um caminho de desenvolvimento e consolidação para a simples ideia se tornar realmente um produto”, afirmou Tostes.
Por fim, Felipe Cassapo, gerente executivo do centro internacional de inovação do Senai, elogiou o novo momento que a cidade está passando com a expectativa de um projeto real e integrado de incentivo a inovação. “Em meio a uma forte crise econômica vemos muitas empresas surgindo, isso é ótimo, ainda mais com a visão e apoio de instituições que tenham esse lado empreendedor. Vivemos um novo momento em Curitiba, novas empresas estão surgindo e startups estão se destacando no mercado com pouco tempo de vida”, disse Cassapo.