24.6 C
Curitiba
quinta-feira, 28 março 2024

Cinco patrocinadores cancelam apoio ao Boa Esporte após contratação de Bruno

Após o Boa Esporte anunciar a contratação do goleiro Bruno Fernandes, cinco patrocinadores do clube mineiro já anunciaram rompimento dos contratos. O atleta, que deixou a prisão no mês passado, é condenado em primeira instância pelo homicídio de Eliza Samudio, com quem teve um relacionamento e um filho.

Um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), lhe deu o direito de aguardar o julgamento dos recursos em liberdade.

O fabricante de suplemento nutricional Nutrends Nutrition e a clínica cardiológica CardioCenter já haviam anunciado o rompimento do patrocínio na semana passada.

Nesta segunda-feira (13), adotaram o mesmo caminho a Magsul, clínica de ressonância magnética, o grupo Gois & Silva, que atua no mercado financeiro, e a Kanxa, fornecedora de material esportivo. O Boa Esporte conta ainda com uma parceria com a prefeitura de Varginha (MG), município onde fica a sede do clube.

O anúncio oficial da contratação do goleiro ainda depende dos exames médicos e de detalhes burocráticos. As bases do contrato já foram acertadas e a diretoria da equipe mineira espera apresentar o jogador ainda até esta terça-feira (14).

O descontentamento com a contratação também levou hackers a invadir a página virtual do clube. Em mensagem postada sobre um fundo preto, os invasores justificaram o ato como uma demonstração de repúdio ao Boa Esporte e aos patrocinadores por apoiarem diretamente o feminicídio.

Bruno foi preso preventivamente em 2010, quando defendia o Flamengo e vivia bom momento na carreira. Um inquérito policial o apontou como principal suspeito pelo assassinato de Eliza Samudio, que desapareceu aos 25 anos e foi considerada morta pela Justiça. Seu corpo nunca foi encontrado.

Em 2013, o Tribunal do Júri da Comarca de Contagem (MG) condenou o goleiro a 22 anos e três meses de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver.

Segundo uma decisão do STF do ano passado, as penas devem começar a ser cumpridas após condenação em segunda instância. No habeas corpus concedido no mês passado, o ministro Marco Aurélio destacou que Bruno tinha condenação apenas em primeira instância e já somava seis anos e sete meses de prisão preventiva, sem que seus recursos tivessem sido avaliados pela Justiça. Por esse motivo, ele deveria ser solto para poder recorrer em liberdade.

Relacionados

EDIÇÃO IMPRESSA Nº 116 | MARÇO/2024

spot_img

ÚLTIMAS NOTÍCIAS