Diante do cenário econômico desfavorável e do subfinanciamento na área da saúde, instituições filantrópicas, como o Hospital Pequeno Príncipe, encontraram nos recursos provenientes da Renúncia Fiscal uma possibilidade de garantir a manutenção de seus trabalhos. Com quase um século de atividades em prol de crianças e adolescentes de todo o Brasil, o Pequeno Príncipe – que destina cerca de 70% da sua capacidade de atendimento ao SUS – enfrenta um déficit anual em torno de R$ 17 milhões.
Para garantir seu funcionamento pleno, levando-se em conta a natureza de suas atividades, o Hospital depende do apoio de toda sociedade. “Em um momento delicado de crise econômica em todos os setores do nosso país, contamos mais uma vez com a sensibilidade do contribuinte, que tem a oportunidade de ajudar a viabilizar as nossas atividades de assistência e pesquisa. O processo é simples e permite ao doador acompanhar em que seu dinheiro é usado. Para nós, essas doações são fundamentais”, explica a diretora executiva Ety Cristina Forte Carneiro.
Para os contribuintes que desconhecem essa possibilidade de apoio, a boa notícia é que é possível destinar uma parcela do IR 2017 até o dia 28 de dezembro. Para facilitar esse trâmite, o Pequeno Príncipe desenvolveu um site (www.doepequenoprincipe.org.br) que traz o passo a passo para que pessoas físicas e jurídicas façam a doação.
Vale lembrar que pessoas físicas com formulário de declaração completo podem doar até 6% do imposto devido ao Fundo da Infância e da Adolescência (FIA) e que pessoas jurídicas têm a oportunidade de destinar até 9% da declaração por lucro real a seis projetos distintos, sendo 1% ao FIA.
Apesar de todos os esforços, hoje menos de 2% das pessoas físicas utilizam essa modalidade, ou seja, mais de R$ 5,59 bilhões deixam de ser direcionados para a área da saúde no Brasil. No caso das pessoas jurídicas, apenas 36,6% do potencial de Renúncia Fiscal é aproveitado no momento.
Situação
O setor da saúde no Brasil vive com recursos escassos, falta de incentivos e desafios diários causados pelo subfinanciamento. Atualmente, cerca de 75% da população utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS).
Entre 2010 e 2015, houve uma redução de 8.621 leitos pediátricos no Brasil destinados para crianças atendidas pelo sistema público. O Paraná está entre os estados com o maior índice de fechamento de acomodações: 748 espaços a menos disponíveis.
Atualmente, o estado conta com 2.608 leitos pediátricos destinados ao SUS. Deste total, 317 deles estão em Curitiba – 79% no Pequeno Príncipe. Com mais de 30 especialidades médicas, em 2016 a instituição foi responsável por 314.820 atendimentos ambulatoriais, 19.925 cirurgias e 22.622 internações.
Os números abaixo revelam algumas dificuldades para a manutenção ininterrupta do Hospital Pequeno Príncipe diariamente:
– Manutenção de aparelhos, equipamentos e mobiliários hospitalares em 370 leitos, 60 UTIs, 8 salas cirúrgicas, laboratório de análise clínica, centro de imagem, entre outros;
– 104.365 refeições/mês em média;
– 8.571 dietas enterais/mês;
– 15.983 mamadeiras/mês;
– 75,3 toneladas de roupa lavadas/mês;
– 1.076 itens ativos de material hospitalar e medicação.
Saiba mais em www.doepequenoprincipe.org.br.