Estados do Centro-Oeste, da região Sul, Minas Gerais e Espírito Santo devem se preparar para enfrentar uma situação mais severa, com a possibilidade de aumento de casos do novo coronavírus. É o que afirmou o secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, nesta terça-feira (26), com base no comportamento de doenças respiratórias similares à Covid-19, quando a temperatura começa a cair nesta parte do país.
De acordo com Macário, a transmissão de doenças respiratórias têm maior facilidade de transmissão com a queda da temperatura, pois o frio faz com que as pessoas se fechem dentro dos ambientes, o que aumenta o número de pessoas que podem transmitir e serem infectadas pelo coronavírus. “Isso tudo [sobre o clima], em um contexto de Covid-19, mostra a nossa grande preocupação para todo o Brasil, mas que vai se dar, pelas perspectivas, de maneiras diferentes. Então a região Sul, a região Sudeste (exceto São Paulo e Rio de Janeiro, que já têm enfrentado isso) e a região Centro-Oeste precisam se preparar cada vez mais para o enfrentamento dessa situação. Não só do ponto de vista dos gestores mas, também, da população”, explicou.
A avaliação das ocorrências de doenças respiratórias, nos últimos 10 anos, mostra que há uma maior quantidade nos primeiros meses do ano no Norte e Nordeste. Então, essa diferença de clima entre as regiões do país, pode ser uma das explicações para a quantidade de casos nessas regiões. “Nos primeiros meses do ano (fevereiro, março e abril), se tem um aumento de pluviosidade por ocorrência de chuvas e as pessoas acabam se aglomerando, fechando janelas, se colocando em espaços mais restritos e, com isso, facilita a transmissão de doenças respiratórias, principalmente as doenças virais”, disse o secretário Macário.
É importante destacar aqui, que essas observações são baseadas em doenças respiratórias parecidas com a Covid-19, por tanto, existem peculiaridades dessa doença que ainda são desconhecidas por médicos e cientistas, o faz dela um fator imprevisível.