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sexta-feira, 19 abril 2024

FabLab começa produção de acessório que dá mais conforto no uso de máscaras

O FabLab do Cajuru começou a produzir em impressoras 3D, nesta terça-feira (19/5), extensores de máscaras faciais que serão doados a servidores da saúde, do resgate social e da Defesa Social de Curitiba. A invenção, que tem regulagem, prende os elásticos das máscaras aliviando a pressão sobre as orelhas dos profissionais, que precisam passar longas horas do dia com o equipamento de proteção individual (EPI) contra a covid-19.

O extensor feito no espaço de prototipagem da Prefeitura, na Rua da Cidadania do Cajuru, é uma evolução de dois outros dispositivos já desenvolvidos na capital.

“A partir de um trabalho de modelagem digital, chegamos a uma versão que combina o melhor das duas invenções anteriores, tanto em conforto como em rapidez de impressão 3D”, conta Cleverson Fuzetti, gestor do FabLab.

Os estudantes curitibanos Jhony Minetto Araújo e João Pedro de Ribas Nunes, de 16 anos, são os responsáveis pela criação de um dos extensores que deram origem à versão do FabLab. Eles se basearam em uma invenção do adolescente canadense Quinn Callander, de 13 anos, e já produziram e doaram 3,5 mil itens para hospitais e postos de saúde do município. “Agora, também vamos fabricar o extensor desenhado pelo FabLab”, afirma Jhony, que dedica boa parte do seu dia à fabricação do pequeno dispositivo em sua própria impressora 3D.

O extensor do FabLab também é uma evolução de uma peça desenhada por Márcio Hauagge Salatiel, fundador da startup curitibana Maha 3D, que oferece soluções técnicas em impressão digital. Desde março, o empresário também é voluntário na equipe que está produzindo máscaras-escudo no FabLab. “Começamos fazendo os ajustes para tornar mais simples a fabricação da máscara e, no mês passado, iniciamos também a modelagem digital de um protótipo de extensor. Chegamos a fazer alguns protótipos”, lembra ele.

“O FabLab tem essa missão de mobilizar as pessoas e empresas para o compartilhamento e desenvolvimento de produtos a partir de uma modelagem digital”, frisa Fuzetti.

Na  terça-feira (19/5), os primeiros extensores feitos no FabLab foram entregues para profissionais de saúde que estão fazendo a vacinação contra a gripe na Rua da Cidadania do Cajuru. A enfermeira Carmen Lúcia Ferreira, que atua no Posto de Saúde do bairro, testou o dispositivo e aprovou. “É uma ótima ideia, pois torna o uso da máscara muito mais confortável. Dependendo da máscara, a gente acaba com dor de cabeça usamos por muitas horas”, garante ela.

Além do extensor, também já são feitos no FabLab máscaras-escudos por impressão 3D e corte a laser, bem como protetores de acrílico para os setores de atendimento dos 39 Centros de Referência da Assistência Social (Cras) do município.

Linha de produção

Diariamente, o FabLab vai fabricar 130 extensores, que vão sair das 25 impressoras 3D que já produzem máscaras-escudo. As pequenas peças são de plástico, feitas em camadas de impressão. O filamento de plástico passa pela impressão 3D, esfria e solidifica no formato programado.

Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, lembra que é preciso um grande volume de matéria-prima de fabricação dos dispositivos no FabLab. “Pedimos que empresas do Vale do Pinhão e a população nos ajudem doando insumos, como as chapas PET, elástico e os filamentos para as impressoras 3D”,  reforça ela.

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EDIÇÃO IMPRESSA Nº 116 | MARÇO/2024

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