O boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (22) pela Secretaria da Saúde do Paraná registra os primeiros casos de Zika Vírus no Estado. São 3 casos, registrados em Foz do Iguaçu. Todos são autóctones, o que significa que a doença foi contraída na cidade de residência da pessoa. Os casos aconteceram no mês passado. A confirmação saiu agora, depois de análises laboratoriais. As pessoas foram medicadas e passam bem.
O boletim epidemiológico é sobre Dengue, Chikungunya e Zika. O Zika é um arbovírus transmitido pela picada do “Aedes Aegypti”, o mesmo mosquito que transmite a dengue e a chikungunya.
Na maioria dos casos a infecção por Zika Vírus acontece de forma branda, com sintoma febril que permanece entre três a sete dias. Mas, no caso de infecção em gestantes, a transmissão do vírus para o feto pode desenvolver complicações neurológicas e uma das principais é a microcefalia, com lesões cerebrais irreversíveis e deformação dos ossos da cabeça do bebê.
“O Governo do Estado vem capacitando profissionais para o manejo clínico da dengue, chikungunya e zika junto às 22 Regionais de Saúde e secretarias municipais de Saúde”, afirma o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto.
“Nosso objetivo é que o diagnóstico e o tratamento sejam seguros e eficientes. Mas é preciso a colaboração de todos os paranaenses na adoção de medidas preventivas de combate ao Aedes aegypti. Precisamos eliminar os criadouros que se formam nos recipientes que acumulam água parada nos quintais, empresas e terrenos vazios”, enfatiza o secretário.
DENGUE – O informe semanal da Secretaria da Saúde totaliza ainda 730 casos confirmados de dengue no Paraná, do final de julho até agora. O aumento em relação à semana anterior é de 7%, com 48 casos a mais.
As três arboviroses – dengue, chikungunya e zika – se manifestam com febre, dores do corpo e nas juntas e dor de cabeça. O que difere é a intensidade dos sintomas.
PREVENÇÃO – O período de maior transmissão no Paraná começa agora, a partir da primavera, e se intensifica no verão. Dias quentes e úmidos favorecem a proliferação. “Recomendamos à população uma vistoria nos quintais e a retirada de recipientes que possam acumular água parada, como os pratos de vasos de planta, garrafas, pneus, sucatas e lixo, entre outros”, explica a coordenadora da Vigilância Ambiental, Ivana Belmont.
“Esta medida preventiva vale para o ano inteiro. São muitas pessoas infectadas e isso não precisava estar acontecendo, pois o cuidado principal vem da conscientização. O cuidado com o nosso quintal e nossa casa é fundamental neste combate ao Aedes aegypti e deve ser feito diariamente”, complementa.