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domingo, 8 dezembro 2024

Polícia Civil prende quadrilha especializada em roubos a residências

Uma quadrilha especializada em roubo à residências foi presa durante a Operação Rapina, deflagrada pela Polícia Civil do Paraná nesta terça-feira (12). Quatorze integrantes da organização criminosa foram detidos e dois estão foragidos. Outros dois foram presos em flagrante.

A ação policial comandada pela Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba tinha como objetivo cumprir 31 mandados judiciais – sendo 16 de prisão preventiva (por tempo indeterminado), um de condução coercitiva, quando a pessoa é levada à delegacia para prestar depoimento, nove de busca e apreensão e três de bloqueio telefônico.

Dos 16 alvos com prisão decretada, cinco já estavam detidos no sistema penitenciário do Paraná. A operação aconteceu em Curitiba, na Região Metropolitana e no Litoral do Paraná e contou com o apoio do helicóptero do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) da Polícia Civil do Paraná.

Esta quadrilha é suspeita de roubar pelo menos seis residências desde março deste ano. O primeiro assalto aconteceu no dia 1 de março no bairro Tarumã, em Curitiba. Um mês depois, o roubo aconteceu em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba.

No dia 19 de abril, mais um registro, desta vez no bairro Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Dois dias depois, os criminosos roubaram uma casa no Sítio Cercado, em Curitiba, e, apenas quatro dias depois, em 21 de abril, o roubo aconteceu em uma residência de Matinhos, no Litoral do Estado. A última ação foi registrada no dia 2 de maio, no bairro Santa Cândida, em Curitiba.

“Após um trabalho de investigação pudemos identificar os integrantes da quadrilha e deflagrar esta operação que tem como objetivo tirar esta organização criminosa especializada das ruas e assim diminuir os índices de roubos a residências e a veículos”, explicou o delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos, Matheus Laiola, que conduziu o trabalho de investigação.

Entre as vítimas dos roubos está o ex-comandante geral da Polícia Militar, Roberson Bondaruk. O coronel da reserva da PM foi surpreendido em frente ao portão de casa, em Curitiba. Armados, os criminosos invadiram a residência e roubaram os objetos – além de dois carros.

Dias depois do assalto, um dos homens que participou deste roubo foi detido por policiais militares na cidade de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Os demais foram detidos na operação desta terça-feira. Parte dos objetos roubados da casa de Bondaruk já havia sido recuperada e devolvida – assim como os dois carros.

Dentro da quadrilha, cada um tinha uma função específica. Os homens eram os que invadiam as casas e efetuavam os roubos. Um dos líderes era da cidade de Sorocaba, em São Paulo, e vinha para Curitiba cometer os assaltos.

As mulheres ficavam com os objetivos roubados e também eram responsáveis pela venda dos produtos do assalto – algumas delas chegaram a participar diretamente dos roubos. Duas mulheres já tinham sido presas pelo mesmo crime de receptação, mas estavam soltas desde 29 de abril por decisão da Justiça de Matinhos.

A quadrilha não se intimidava com a presença dos moradores dentro da casa e era violenta. Relatos das vítimas revelam que os criminosos invadiam as residências armados e faziam os moradores de refém. Alguns deles foram queimados com cigarro, além de terem sofrido outras torturas físicas e psicológicas. Uma criança de nove anos chegou a ser amarrada durante um assalto e outra, de apenas dois anos, teve a arma apontada para a cabeça.

“A Polícia Civil está atenta à movimentação destas quadrilhas e trabalha para tirá-las de circulação. A operação é fruto de um trabalho robusto de investigação. Observamos recentemente um aumento nos índices de crimes patrimoniais no Paraná, assim como em outros estados do País, e os nossos policiais das delegacias especializadas estão focados em coibir esta atividade criminosa”, avaliou o delegado-geral da Polícia Civil, Júlio Reis.

Após os roubos, os bandidos usavam os veículos das vítimas para fugir. Pelo menos seis carros foram roubados, entre eles uma Land Rover e uma BMW – além de dinheiro, joias, celulares, tvs, computadores e outros equipamentos eletrônicos.

Os presos responderão pelos crimes de associação criminosa, roubo à residência e veículos, receptação, comércio e porte ilegal de arma de fogo e tentativa de latrocínio – que é o roubo seguido de morte. Durante a operação, os policiais apreenderam uma pistola e um revólver.

Cerca de 50 policiais da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) participaram da ação. Atuaram policiais civis das delegacias de Furtos e Roubos de Curitiba, da Estelionato, da Furtos e Roubos de Cargas e da Furtos e Roubos de Veículos. A operação foi batizada como Rapina – que é o ato de roubar, de tomar, de pegar com violência.

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EDIÇÃO IMPRESSA Nº 126 | NOVEMBRO/2024

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