A fachada da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas e da Penitência, a Igreja da Ordem, no bairro São Francisco, começou a ser recuperada nesta semana.
Os serviços fazem parte do programa Rosto da Cidade, de recuperação e preservação do Centro Histórico. A Igreja da Ordem é a mais antiga da cidade.
“Chegamos a um dos mais antigos edifícios da cidade”, disse o prefeito Rafael Greca na vistoria dos trabalhos, com o padre reitor da Igreja, Luciano Antônio Ferreira de Lima, nesta terça-feira (9/7). “Uma construção que remonta os idos de 1737, onde os irmãos terceiros acolhiam os visitantes”, completou.
A antiga fachada está com a pintura desgastada e passa pela fase da limpeza. Em breve, receberá tinta na cor original e resina antipichação para proteger as paredes de ações de vandalismo.
Já há 9 imóveis particulares e 19 públicos finalizados pelo programa.
A atuação em imóveis particulares é permitida após aprovação de um projeto do Executivo na Câmara Municipal de Curitiba. Também fazem parte das ações da Prefeitura a melhoria da iluminação pública e acessibilidade.
O programa, com seis etapas de execução, é uma ação conjunta desenvolvida pelo Ippuc, em parceria com a Fundação Cultural de Curitiba e as secretarias municipais do Meio Ambiente e de Obras Públicas.
Acompanharam a vistoria o administrador regional da Matriz, Dirceu de Mattos; o secretário municipal interino do Meio Ambiente, Reinaldo Pilotto; o diretor de Parques e Praças, Jean Brasil; a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro; o diretor de Patrimônio Cultural, Marcelo Sutil; os arquitetos do Ippuc, Mauro Magnabosco e Guilherme Kloch; e o artista plástico Elvo Benito Damo.
A igreja
Conhecida originalmente como Igreja de Nossa Senhora do Terço, recebeu o nome atual com a chegada a Ordem de São Francisco a Curitiba, em 1746. O local abrigou um convento franciscano de 1752 a 1783 e, no século 19, foi a paróquia dos imigrantes poloneses.
Restaurada em 1880, por ocasião da visita do imperador D. Pedro II à cidade, teve a torre e instalação dos sinos apenas três anos depois. Nessa época, a igreja era frequentada, principalmente, por imigrantes alemães.
Tombado desde 1965, o templo sofreu nova restauração de 1978 a 1980 e, em 1981, passou a abrigar o Museu de Arte Sacra. Durante as reformas de 1993, foi encontrado entre as suas paredes um livreto que fornece dados sobre a história da construção.