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sexta-feira, 19 abril 2024

Afastados pela pandemia, palhaços voltam a levar alegria a pacientes

Depois de dois anos reclusos, os palhaços voltaram a percorrer os corredores do Hospital Municipal do Idoso nesta quarta-feira (16/3). Por causa da pandemia de covid-19, os voluntários da Associação Nariz Solidário não podiam fazer visitas presenciais.

Os palhaços Antônio Júnior Vieira, o Antvin, e Raphael David Moraes, o Caculé, quebraram a rotina do hospital. A surpresa deixou a paciente Honória de Paula, 94 anos, muito feliz. “Eles são engraçados, né? Que bom que eles vieram aqui.”

O clima de alegria se somou a um sentimento de gratidão durante o período em que os palhaços, ambos com máscaras e vacinados contra a covid-19 – “com três doses”, avisou Caculé – , estiveram na unidade. “Muito obrigado por terem vindo”, agradeceu a paciente Cirlene Bonin, 83 anos.

Os funcionários também gostaram muito da visita dos palhaços. “Este engajamento cívico do voluntariado é um ato de humanidade, um ato que temos de incentivar”, disse o diretor executivo do hospital, Peterson de Souza.

Os voluntários do Nariz Solidário atuam no hospital desde 2017. De lá para cá, já realizaram mais de 200 ações, inclusive na pandemia, com videochamadas e vídeos educativos. Com isso, impactaram mais de 9 mil pessoas, entre pacientes e funcionários.

Segundo os voluntários, a “palhaçaria” é o uso da linguagem do palhaço para resgatar memórias por meio da música e da escuta afetiva, um trabalho que eles voltam a fazer no hospital todas as quartas e sábados. A Unidade de Pronto Atendimento Fazendinha passa a receber os voluntários a partir de 30 de março.

“Não se trata só de esboçar um sorriso ao proporcionar um encontro como esse, mas saber o quanto ele esteve adormecido e de onde ele está vindo, de qual rotina, de qual histórico e contexto”, observa o coordenador da associação, Eduardo Roosevelt.

A retomada das visitas presenciais conta com o apoio da Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas), que administra o hospital e a UPA, além da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), da Prefeitura e do Ebanx, que, por meio de leis de incentivo, apoia a iniciativa.

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EDIÇÃO IMPRESSA Nº 116 | MARÇO/2024

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