A aula inaugural do Programa Empregotech 40+, nesta segunda-feira (8/5), representou para um grupo de 160 pessoas com mais de 40 anos de idade o início do ingresso em carreiras de Tecnologia da Informação (TI). Para a Prefeitura de Curitiba e o Vale do Pinhão, foi o momento de entregar à população a concretização de mais um projeto que promove a empregabilidade na cidade.
A ideia do Empregotech 40+ surgiu há apenas cinco meses, no primeiro contato da Prefeitura de Curitiba e da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação com a multinacional Indra/Minsait, que ofertou seu programa de formação Digital Innovation Hub, durante o Smart City World Congress, em Barcelona. Em março deste ano, a parceria foi efetivada, no Smart City Curitiba Expo 2023.
Em menos de 30 dias de inscrições para o programa, 600 pessoas se inscreveram e 160 alunos foram selecionados, após um teste on-line de conhecimentos básicos.
“O Empregotech 40+ é resultado de uma ação em conjunto entre o poder público e a iniciativa privada e quem ganha é Curitiba. Esta oportunidade auxilia a faixa etária de imigrantes digitais que têm de se adaptar às novas tecnologias e se preparar para uma nova frente de trabalho”, destacou o vice-prefeito e secretário estadual das Cidades, Eduardo Pimentel.
Pimentel representou o prefeito Rafael Greca no evento, no Memorial de Curitiba. A partir desta terça-feira (9/5), os alunos têm acesso aos conteúdos on-line dos cursos, que são gratuitos.
Na aula inaugural, o CEO da Indra/Minsait no Brasil, Marcelo Bernardino, parabenizou os participantes pela iniciativa de ingressarem na área dos empregos do futuro. “Espero que esta seja a primeira turma de muitas nessa iniciativa colaborativa estabelecida em tempo recorde. Nos alegra esse compromisso em Curitiba de formar e empregar muita gente”, disse.
Na sequência, entregou uma placa comemorativa ao início do programa ao vice-prefeito Eduardo Pimentel e à presidente da Agência Curitiba, Cris Alessi. Uma terceira placa será entregue ao prefeito Rafael Greca.
Mercado promissor
Bernardino e o diretor Executivo de Administração Pública e Saúde da Minsait, Ewaldo Del Valle, apresentaram aos participantes o cenário atual do mercado de TI: promissor, em busca de profissionais capacitados, com oferta de boas remunerações e do trabalho remoto.
Esse conjunto de atrativos foi um dos motivos que levou a enfermeira aposentada Margarete Mikrute Amaral, 58 anos, a participar do Empregotech 40+. Ela diz que já pensa em, quem sabe, voltar a trabalhar. “Depois que me aposentei, senti que tenho energia para ainda ser produtiva e que ainda tem tanta coisa que posso fazer”, contou.
Já o analista de Comércio Exterior Sérgio Coimbra Alves, 44 anos, afirmou que, em um primeiro momento, os conhecimentos em TI vão auxiliar nas interações dentro de seu atual emprego. Mas também não descarta migrar para uma nova área. “O fato de ser um curso gratuito e que posso fazer em casa vai ajudar muito. Acredito que, em breve, saber essas linguagens vai ser essencial para todos”, disse.
Também participaram da aula inaugural a diretora de Qualificação e Relações do Trabalho da FAS, Melissa Cristina Alves Ferreira, o CEO do Hub de Cidades Inteligentes iCities, Beto Marcelino, além e familiares dos participantes.
Os cursos
Nesta primeira etapa do Empregotech 40+, os 160 estão distribuídos em dois cursos: Java e Angular e Introdução ao Microsoft Power Apps. Para o segundo semestre, está prevista a abertura de mais duas turmas do Empregotech 40+, em Sales Force e Java e Angular.
Os cursos fazem parte do programa Digital Innovation Hub, da Mindra/Insait e têm ciclo de formação de até três meses. Durante os cursos, os participantes contam com capacitação guiada, treinamento em classes virtuais e presenciais, e avaliações, com certificação àqueles que concluírem o curso.
Além do Empregotech 40+, a Prefeitura de Curitiba ofertar também com o 1º Empregotech, com cursos on-line para o desenvolvimento de softwares para jovens de 16 a 26 anos, realizado em parceria do Vale do Pinhão, por meio da Agência Curitiba, com a Fundação de Ação Social (FAS) e a empresa Digital Innovation One, que oferta a plataforma em que os cursos são realizados.