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quinta-feira, 28 março 2024

Paciente vítima de dengue passou por vários locais com alta incidência da doença

O paciente de 65 anos que morreu na última terça-feira (9) em Curitiba vítima de dengue hemorrágica havia visitado recentemente várias regiões com alta incidência da doença. A vítima apresentou os primeiros sintomas da doença logo depois de retornar de uma viagem a Foz do Iguaçu e ao Paraguai, onde a dengue é endêmica no momento. Também havia estado nos últimos dias em outras áreas de elevadas taxas de propagação do vírus, como o litoral do Paraná e alguns municípios de Santa Catarina. A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba confirmou o óbito na manhã desta quarta-feira (10). O paciente estava internado no Hospital São Vicente desde o dia 5 de fevereiro, mas morreu na madrugada de terça.

O secretário municipal da Saúde, César Monte Serrat Titton, destacou que desde novembro várias iniciativas são adotadas em Curitiba para combater o Aedes aegypti. Inicialmente foram ações educativas e de capacitação de servidores, entre eles agentes de saúde para orientar a população no combate ao mosquito e vistoriar os imóveis e ainda de médicos e enfermeiros para identificação dos sintomas das doenças.

Já na semana passada, devido ao aumento expressivo de pessoas doentes chegando à cidade, várias atividades foram reforçadas dentro da Secretaria e da própria Prefeitura de Curitiba, visando acelerar o fluxo de informações entre os diversos órgãos municipais no combate às doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti, como a dengue, zika e chikungunya.

A Prefeitura montou uma sala de comando central contra o Aedes para monitorar os trabalhos de todas as secretarias. Já a Secretaria da Saúde irá instalar a partir desta quinta-feira (11) o Centro Operacional de Estratégias em Saúde, com o objetivo de sistematizar as informações e acelerar o monitoramento das situações de crise, como bloqueio de áreas com pacientes doentes e ação dos agentes de endemias.

“Há muito mais pessoas saindo viajar e voltando com o vírus, o que é um importante sinal de alerta”, salienta o secretário. Titton compara o cenário com os números do ano passado, quando janeiro havia fechado com dez casos confirmados de dengue — neste ano o número subiu para 106 no mesmo período, todos casos importados.´”O maior surto de dengue no Brasil foi em 2013, quando não registramos situações graves. Esse novo surto se configura por ser um surto maior em quantidade e muito mais próximo dos curitibanos”, salientou Titton.

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EDIÇÃO IMPRESSA Nº 116 | MARÇO/2024

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