A Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) ajustou a validade dos créditos do cartão transporte para um ano. A medida vale para os créditos adquiridos a partir de 3 de junho de 2017. Os créditos anteriores a essa data continuam com validade de cinco anos.
A medida foi acordada com o Ministério Público para ajudar no reequilíbrio do Fundo de Urbanização de Curitiba, que remunera as despesas dos serviços de transporte público da capital. “Os passageiros não terão prejuízos, pois a mudança não é retroativa, ela assegurou o direito sobre os créditos anteriores. E quem adquirir passagens a partir desta data é só se programar pra usar no prazo de um ano”, disse o presidente da Urbs, José Antonio Andreguetto.
A medida equipara o prazo de validade dos créditos de transporte de Curitiba aos já praticados em outras capitais e também na Região Metropolitana. “Crédito de transporte não é poupança. Hoje temos passagens que custaram R$ 2,60 sendo descontadas, enquanto o sistema já custa quase o dobro desse valor. Somado a outros fatores, isso também é um dos motivos que ajuda a impactar no valor da tarifa quando ela é reajustada”, avalia Andreguetto.
Em Curitiba, o sistema permite que cada passageiro carregue, no máximo, 220 passagens por mês. No sistema da Urbs a receita dos créditos que não forem usados ficará no Fundo de Urbanização de Curitiba, que é fiscalizado por órgãos de controle como Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público.
Os recursos de créditos não usados, por lei, não vão para as empresas contratadas para operação do transporte. Elas só recebem por serviço prestado. Ou seja, o cidadão passou na catraca pagando passagem, a empresa recebe. Se ele não usar o crédito, o recurso ficará no FUC.