Por 74 votos favoráveis, um voto não e uma abstenção, o Senado aprovou, nesta quarta-feira (12), a indicação de Raquel Dodge para procuradora-geral da República. Atualmente subprocuradora, Raquel foi a primeira mulher a ser indicada por um presidente da República para assumir a chefia do Ministério Público da União (MPU).
Indicada pelo presidente da República, Michel Temer, ela fazia parte de uma lista tríplice entregue pela Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR). Com a confirmação pelo Senado, Raquel substituirá o atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cujo mandato termina em 17 de setembro.
Antes da votação, Raquel Dodge passou por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Aos integrantes da CCJ, ela disse que pautará seu mandato por uma diretriz: “Ninguém acima da lei, ninguém abaixo da lei”.
Ela garantiu o compromisso com a manutenção dos instrumentos que permitem ao Ministério Público combater a corrupção, como a colaboração premiada, mas ressalvou que eventuais abusos devem ser coibidos pelo próprio Judiciário, com os “freios e controles” do regime democrático.
Perfil
Nascida em Morrinhos (GO), Raquel Elias Ferreira Dodge formou-se pela Universidade de Brasília (UnB) e fez mestrado em Harvard, nos Estados Unidos. Pertence aos quadros do Ministério Público Federal desde 1987. Foi a primeira mulher indicada para ocupar a chefia do Ministério Público da União (MPU) e é a primeira mulher a ser sabatinada pelo Senado para o cargo na PGR.