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quinta-feira, 28 março 2024

Alunos da rede estadual de ensino passam por avaliação nutricional

A Secretaria de Estado da Educação iniciou nesta semana a avaliação nutricional de 1,1 milhão de alunos da rede estadual de ensino. O levantamento é feito pelos professores de Educação Física, que verificam o peso e a altura (avaliação antropométrica) dos estudantes, além de monitorar casos de necessidades alimentares nutricionais diferenciadas, como diabetes, doença celíaca e intolerância à lactose.

A avaliação, que termina no mês que vem, acontece anualmente e serve como parâmetro para a alimentação escolar.

A mudança dos hábitos alimentares nas escolas estaduais é decorrente da variedade nutricional dos cardápios, aliada ao acompanhamento feito por nutricionistas. “O principal fator dessa mudança nos hábitos alimentares dos estudantes, e consequentemente na saúde, é o consumo de alimentos oriundos da agricultura, ou seja, de alimentos mais saudáveis. Os estudantes levam essa educação alimentar para casa e continuam esse processo de escolhas mais conscientes, optando por alimentos frescos e naturais”, disse a coordenadora do Programa Estadual de Alimentação escolar, Andréa Bruginski.

Estas ações resultaram na melhora nos índices nutricionais dos alunos. O último censo feito pela Secretaria da Educação apontou que o número de alunos com obesidade grave passou de 9,6%, na avaliação de 2014, para 8,5%. Já os estudantes que apresentam magreza caiu de 2,4% para 2%. O índice de alunos com sobrepeso se manteve nos 18%. Também foi diagnosticado o número de estudantes com necessidades alimentares especiais, dos quais 0,4% apresentaram intolerância à lactose, 0,1% diabetes e 0,06% apresentaram doença celíaca (intolerância ao glúten).

MERENDA – A lista de alimentos entregues nas escolas contempla mais de 120 itens divididos em três grupos – produtos não perecíveis, entregues quatro vezes por ano; alimentos congelados (carnes e peixes), entregues a cada 15 dias; e os alimentos da agricultura familiar (panificados, hortaliças, frutas, verduras e legumes), que representam 40% da alimentação escolar e são entregues semanalmente às 2,1 mil escolas estaduais, de acordo com a produção das cooperativas de cada região.

ACOMPANHAMENTO – Além da avaliação nutricional, as escolas trabalham temas relacionados à educação alimentar e nutricional e o incentivo à prática de atividades esportivas durante as aulas de Educação Física. “Esse acompanhamento é importante para que os alunos saibam se estão se alimentando corretamente e o que podem fazer para melhorar. Quando algum aluno apresenta a necessidade de uma atenção especial, orientamos a família a procurar um nutricionista para uma avaliação mais específica”, explicou a professora de Educação Física Stella Mares Peil, do Colégio Estadual Amâncio Moro, de Curitiba.

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR – Para 2016, foram destinados R$ 100 milhões para a compra de alimentos para a merenda escolar. O investimento é parte do Programa Estadual de Alimentação Escolar, que prevê refeições com cardápio diversificado, pois assim os estudantes terão todos os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento.

Os dados coletados são registrados no Sistema Estadual de Registro Escolar (Sere), que gera relatórios por escola, de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC) – obesidade, sobrepeso, normalidade e magreza, assim como o consolidado de necessidades alimentares especiais. Com os dados em mãos, as escolas podem desenvolver projetos de promoção à alimentação saudável e à prática de atividades físicas, contribuindo assim para melhoria desses indicadores.

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EDIÇÃO IMPRESSA Nº 116 | MARÇO/2024

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