A secretaria da Saúde do Paraná confirmou mais 26 casos de sarampo na última semana. Até o dia 21 de setembro, os números são de 39 pacientes com a doença, 217 em investigação e 37 já descartados. “A nossa preocupação continua e está maior nesse momento que identificamos casos de pessoas contaminadas no Paraná, sem sair do Estado. Isso demonstra que o vírus já está circulando por aqui”, ressalta o secretário da Saúde, Beto Preto.
Os municípios que registram ocorrência da doença são: Campina Grande do Sul (1 caso), Campo Largo (1), Colombo (2), Curitiba (28), Fazenda Rio Grande (1), Pinhais (1), Ponta Grossa (1), Maringá (2), Rolândia (1) e Jacarezinho (1).
O secretário alerta para casos em crianças, mais suscetíveis à complicações do sarampo. “O que nos chama muito a atenção nestes novos registros são os dois bebês, com cinco meses de vida e que estão com sarampo. Nessa fase de vida eles estão vulneráveis porque não devem receber a vacina. Mas, certamente, pessoas que estão com o vírus tiveram contato próximo com essas crianças.”
O panorama em relação à faixa de idade mostra que a maioria dos casos confirmados. CONFIRA TABELA AQUI
CENÁRIO NACIONAL – O Brasil registra 4.507 casos confirmados de sarampo em 19 estados, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde referente ao período de 30 de junho a 21 de setembro. Destes registros, 97,5% estão concentrados em 168 municípios de São Paulo, principalmente na região metropolitana da capital. No Paraná já são dez cidades com registro de sarampo.
DOENÇA – O sarampo é uma doença infecciosa, transmitida por vírus e que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações decorrentes do sarampo são mais graves em crianças menores de cinco anos e podem causar meningite, encefalite, pneumonia, entre outras.
O vírus é transmitido pela respiração, fala, tosse e espirro. As micropartículas virais ficam suspensas no ar, por isso o alto poder de contágio da doença. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no rosto e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo), outros sintomas como cefaleia, indisposição e diarreia também podem ocorrer.
Como não existe tratamento específico para o sarampo, é importante ficar atento com o aparecimento dos sintomas. Os doentes ficam em isolamento domiciliar ou hospitalar por um período de sete dias a partir do aparecimento das manchas vermelhas no corpo.
VACINAÇÃO – A vacinação é a melhor maneira de prevenir o sarampo. A Secretaria da Saúde orienta para que a população fique atenta às datas da carteira de vacinação e aos registros de doses.
A dose zero deve ser aplicada em crianças entre seis e onze meses.
A dose número 1 aos 12 meses de vida com a vacina tríplice viral (que previne sarampo, caxumba e rubéola).
A dose 2 aos 15 meses com a vacina tetra viral (que previne sarampo, rubéola, caxumba e varicela/catapora).
A população com até 29 anos deve receber duas doses da vacina. E para as pessoas que estão no grupo com idade entre 30 e 49 anos basta ter o registro de uma dose são consideradas vacinadas.
Acima dos 50 anos, a vacina é indicada apenas nos casos de bloqueio vacinal após a exposição com casos de suspeita da doença ou confirmados.
Mulheres que estão amamentando podem ser vacinadas e as que desejam engravidar devem aguardar no mínimo 30 dias após receber a dose da vacina.
Os profissionais da área da saúde devem ser vacinados com as duas doses da tríplice viral em qualquer faixa etária, independente se atuam na atenção primária, secundária ou terciária.
Confira o Boletim nº 5: www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=3473